Após pandemia, Galeão não recupera volume de voos

Caio Jacintho, Diego Oliveira, Judite Cypreste

08

de

November

de

2022

Desde a retomada das atividades econômicas e turísticas após o período mais intenso da pandemia, o Aeroporto Internacional Antônio Carlos Jobim, mais conhecido como Galeão, encontra dificuldades para retomar o fluxo de viagens que registrava anteriormente.

É o que mostra os dados de chegadas e partidas registradas pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) e analisados pelo Escritório de Dados da Prefeitura do Rio de Janeiro.

Dados mostram que o aeroporto localizado na Ilha do Governador não conseguiu voltar ao patamar de voos registrados em anos anteriores, permanecendo abaixo de cinco mil operações mensais.

Durante o ano passado, 3.3 mil voos nacionais foram realizados por mês, em média, no Galeão. Isso equivale a apenas 42% do volume já registrado no mesmo período de 2019, antes da pandemia. Naquele ano, em média, 7,8 mil voos aconteciam mensalmente no aeroporto.

Ao contrário do Galeão, o aeroporto Santos Dumont, localizado na região central da cidade do Rio, opera apenas voos nacionais, mas tem dados mais animadores.

O aeroporto doméstico conseguiu retomar suas atividades, com tendência constante de crescimento no volume de operações.

Em 2019, o aeroporto contabilizou, em média, 6,8 mil voos mensais. O número não só já foi recuperado como ultrapassou o montante registrado, chegando a média mensal de 7,9 mil voos em 2022.

O Galeão é administrado pela concessionária Changi, de Cingapura. A empresa, entretanto, decidiu devolver a concessão em fevereiro deste ano, após o anúncio de leilão do aeroporto Santos Dumont. Uma nova licitação deve ser realizada para decidir a nova empresa concessionária.

O Santos Dumont seria leiloado sem restrição de operações, o que possibilitaria, inclusive, o uso para voos internacionais. O leilão, entretanto, foi cancelado e o aeroporto continua sendo administrado pela Infraero.